segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Para cima


"No meu quarto uma luz luz com lumes amenos,
Chora o vento lá fora, à flor dos flóreos fenos..."

Como no outro, havia um banco. Havia um rio, e a imagem de Heráclito continuava lá.
Virei para o lado e não me reconheci. Cenas passadas que nunca aconteceram.
"Levante-se, há o que fazer.” Virei para o outro lado. Quem é você afinal?“Vá, é aqui perto.”
Litoral. O vento soprava e vi as folhas balançarem. Vi?
O sol está forte. Havia cristais na água.
Talvez não, era aquela estrela brilhando lá dentro... Não, é dia!
Virei. Que lugar é esse? Não o reconheço. Ar nunca respirado. Objetos nunca vistos. Quem são vocês?
"Venha, entre aqui.” Me olhou suavemente. Não, obrigada.
Abri meus olhos, mas estavam fechados.
Meu corpo não se move e meu pulmão grita. Eu grito. Mas não há som, não há voz nem oxigênio.Abri meus olhos mais uma vez.
Branco. Pêssego. Plano.

3 comentários:

Bruno disse...

Sonho ou realidade??Muitas vezes os dois se confundem para nos confundir ainda mais...

Anônimo disse...

nossa Ju.. muito bom esse...
como o Bruno disse... você nos confunde muito, não da pra saber se é um sonho ou não..
parabéns!
bjs

A Diletante disse...

meu!! vc é boa nisso!! primeira vez q leio um texto seu, e adorei!!

beijoo

Amanda Nascimento